domingo, 17 de abril de 2011

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semeias ilusões,

mostras o que não é,

caminhas de cabeça erguida,

firmemente em frente

e,

mentindo,

continuas de pé.

.

.

5 comentários:

Justine disse...

Confesso que não percebi muito bem a que (quem) te referes - ao país? à vida? a alguém em particular? - mas adorei o desenho, tão enigmático e belo como o texto!

Marina disse...

Adoro os teus trabalhos

O Árabe disse...

Eis o que muita gente faz, amigo... infelizmente! Meu abraço, boa semana.

Maria Trindade Goes disse...

Senhor:

olhando a vossa imagem, que respira leveza, e focando-me no centro vertical dela, parece-me descortinar Mata-Hari em vestido de noite ou de gala para o grande acontecimento mediático que foi o seu fuzilamento.

Por outro lado, a echarpe ao vento também pode denunciar a menos conhecida mas contemporãnea Rosa de Barcelona, a quem o texto assenta como lhe assentavam os lençóis revoltos das alcovas: bem!

Poderia,eventualmente, lembrar-me de políticos, dirigentes desportivos ou chefes de repartição mas não estou a ver nenhum que se vestisse de mulher, assim em terreno público, sem levar logo com uma chuva de pedras e vir dizer para a comunicação social "são rosas, senhor, são rosas" que pão não será de certeza. Pois.

Os meus respeitos, Senhor, que com "Sagres até a pescada sabe a lagosta".

Anónimo disse...

parece-me o percurso de um ilusionista - e, em cada sessão, tanto mais eficazes os truques quanto maior a ingenuidade da assistência.

marradinhas amistosas da bicharada do pequeno jardim.
(por lá, as janelas abrem-se para a chuva, como se a casa sorrisse.é que, por uns dias, a Humana ficará livre dos sintomas de rinite...)